sexta-feira, 1 de junho de 2012

A Descolonização da África


A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA

Causas da descolonização

A descolonização da Ásia e da África está relacionada com a decadência da Europa, motivada pela Primeira Guerra Mundial, pela crise de 1929 e Segunda Guerra Mundial.
Outro fator será o despertar do sentimento nacionalista na Ásia e na África, impulsionado pela decadência da Europa e pela Carta da ONU, que, em 1945, reconheceu o direito dos povos colonizados à autodeterminação. O ponto máximo do nacionalismo será a Conferência de Bandung (1955), ocorrida na Indonésia que estimulou as lutas pela independência.
A guerra fria e a polarização entre EUA (capitalismo) e a URSS (socialismo) também contribuiu para o fim dos impérios coloniais. Cada uma das superpotências via na descolonização uma oportunidade de ampliar suas influências políticas e econômicas.

A Descolonização da África.

            Independência do Egito: O Egito era um protetorado inglês ( a região possuía autonomia, supervisionada pela Inglaterra). O domínio inglês terminou em 1936, porém o canal de Suez continuou sob controle britânico.

            Independência da Argélia: O movimento nacionalista argelino começou em 1945. Liderada por muçulmanos este movimento inicial foi reprimido. As manifestações intensificaram-se após a fundação da Frente Nacional de Libertação – influenciada pelo fundamentalismo islâmico. A guerra de independência começou em 1954. Em 1957 ocorreu a Batalha de Argel – duramente reprimida pelo exército francês. No ano de 1962 houve a assinatura do acordo de Evian, ocorrendo o reconhecimento da
independência argelina.

            O fim do império colonial português: Durante a década de 1950 começaram a se organizar movimentos separatistas em Angola, Moçambique e Guiné portuguesa.
Em 1956 foi criado o Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA),
sob a liderança de Agostinho Neto. Posteriormente surgiram a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA):Após a independência de Angola, mediante o Acordo de Alvor em 1975, os três grupos acima iniciaram uma guerra civil, na disputa pelo poder.

             A independência de Moçambique foi patrocinada pela Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), tendo como líder Samora Machel – que em 1960 iniciou um movimento de guerrilha. Portugal reconheceu a independência em 1975. No ano de 1956, Amílcar Cabral fundou o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). No ano de 1974 foi reconhecida a independência da Guiné; em 1975 do Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe. Um importante fato que contribuiu para o fim do império colonial português foi a Revolução dos Cravos, que ocorreu em 25 de abril de 1974 e que marcou o fim do regime fascista (imposto por Oliveira Salazar e continuado por Américo Tomás e seu primeiro-ministro Marcelo Caetano). O novo governo de Portugal não ofereceu resistência para o reconhecimento da independência das colônias.

As consequências da descolonização:

          O surgimento de novos países que, ao lado das nações latino
americanas, formaram o bloco do Terceiro Mundo. Este bloco fica sob a dependência dos países capitalistas desenvolvidos (Primeiro Mundo) ou de países socialistas (Segundo Mundo). A dependência deste bloco será responsável pela concentração de renda nos países ricos e pelo crescente endividamento externo dos países subdesenvolvidos, apresentando sérios problemas de saúde, educação, desnutrição, entre outros.
História Fácil – Pérysson Nogueira

Um comentário:

  1. A Líbia sem Kadafi
    Após 42 anos de ditadura, Muamar Kadafi foi capturado e morto no final de outubro em Sirte, sua cidade natal
    Suhaib Salem/Reuters

    A Líbia inaugura uma nova era depois da morte do ex-ditador Muamar Kadafi, que assumiu o poder após um golpe militar em 1969. Coronel, então com 27 anos, ele depôs a monarquia e implantou a ditadura no país. Kadafi nacionalizou boa parte das atividades econômicas do país, entre elas a extração de petróleo. Após anos derepressões e relações internacionais tensas, e na onda da Primavera Árabe, têm início violentos protestos contra o regime militar.
    Embalados pelos protestos que se espalham pelos países árabes ao longo dos primeiros meses de 2011, manifestatantes tomaram as ruas da Líbia, em ação contrária à prisão deFathi Terbil, advogado e ativista dos direitos humanos responsável por ações jurídicas de um grupo de famílias de prisioneiros mortos no Massacre de Abu Salim, em 1996. Desde fevereiro, protestos se espalham no país, exigindo a saída de Kadafi do poder.
    Em razão dos conflitos, e apesar da sangrenta reação das forças pró-Kadafi, o ditador acabou perdendo o controle de boa parte do país - culminando na tomada da capital,Trípoli, em agosto. Os opositores passaram então a uma caça ao ex-líder. Em outubro, oConselho Nacional de Transição (CNT) anunciou a captura - e depois a morte - de Kadafi. Poucos momentos depois, uma multidão ocupou as ruas de Trípoli para comemorar o que simbolizaria o fim do governo mais longo tanto na África quanto no mundo árabe.
    http://topicos.estadao.com.br/libia

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